sábado, 31 de março de 2012

Dia das mentiras*

           

                   As pessoas te machucam e minutos depois perguntam se está tudo bem. Falsidade ou Irônia?

Um de abril pra que? Como se as pessoas já não fossem falsas e mentirosas os outros 364 dias.

Não vás embora



Não quero que partas nem que isto acabe, não quero que a tua presença se transforme numa memória. Dispenso que o teu corpo passe de presente a ausente, que o teu sorriso passe do meu raio de sol a gotas de água e que o teu perfume esteja só presente nas minhas peças de roupa. A tua presença faz-me feliz, o teu sorriso contagiante preenche o meu coração e tudo aquilo a que chamo de meu. Sempre desejei que fosse assim, sempre quis que a tua palavra fosse muito mais do que uma mera palavra, desejei que fosse sentida e verdadeira. Sempre tive dúvidas, sempre fui insegura quanto aquilo que tu podias sentir por mim. Hoje estou seguro, tenho essa certeza e sei que o teu sentimento é mais verdadeiro do que alguma vez pode imaginar. Custa-me saber que não vai ser mais do que isto, custa-me saber que por mais que queiramos nunca nos vamos poder perder nos braços um do outro, que nunca vamos poder trocar aquelas calorosos beijos que um dia por descuido trocamos… Não, não vamos ser mais do que aquilo que somos, pelo menos por agora. Há muitas coisas que precisam de ser ditas, e outras que necessitam de ser feitas. Precisamos de saber se vale a pena, de ter a consciência se queremos enfrentar a distância. É verdade que, um grande amor consegue sobreviver a isso e até mesmo á erosão do tempo, mas será o nosso um desses amores? Seremos nós capazes de sobreviver a tudo o que, muito provavelmente, o futuro nos reserva? As perguntas ficam no ar, talvez um dia as respostas apareçam. Por enquanto, continuarei aqui, sonhando com o dia em que possamos vestir a pele um do outro e nos possamos perder um nos braços do outro.